Jezebel foi rainha consorte do reino de Israel. Por interferir com o culto monoteísta do deus hebreu, por ter se aliado a cidadãos comuns e insultado os profetas, ela deu origem a um longo conflito em Israel, e seu nome é lembrado até hoje como um sinônimo para “megera”. Jezebel foi uma princesa fenícia, filha de um rei–padre que comandava toda a costa do território onde hoje fica o Líbano. O historiador Josefo, e outras fontes clássicas, sugerem que ela era sobrinha-neta da lendária rainha Dido (#mulherdefibra). Quando Jezebel se casou com Acabe, rei de Samaria, ela o incentivou a introduzir o culto ao deus pagão Baal ao reino, interferindo com as práticas monoteístas do povo hebreu, e causando horror por seus rituais sangrentos, que incluíam o sacrifício de crianças. Isso provocou a revolta dos devotos de Yahweh (Javé); muitos dos praticantes e dos profetas inimigos de Jezebel foram assassinados pela rainha consorte. Por se opor a ela, o profeta Elias precisou fugir de Israel a fim de conservar a própria vida. Quando, enfim, o comandante Jeú se rebelou contra a família real pagã, Jezebel foi defenestrada (jogada pela janela) e teve seu corpo comido por cães – tal morte já tinha sido profetizada por Elias, como punição por seus pecados. Sua história foi eternizada no Livro de Reis do Antigo Testamento.